Vulpecula e Sagitta (Raposa e Flexa)

13/08/2013 15:25

 

Pequenas Maravilhas: Vulpecula and Sagitta
por Tom Trusock
SET/2006



 


Este mês temos duas pequenas constelações para observar: Vulpecula e Sagitta. A raposa e a flexa parece ser uma combinação nascida no céu, mas investigando, descobri que enquanto a flexa (Sagitta) tem sido assim chamada por milhares de anos, a raposa (Vulpecula) é uma criação relativamente recente.


A constelação Vulpecula foi inicialmente conhecida como [i] Vulpecula et Anser [/ i], "raposa com o ganso", e foi invenção do século 17, pelo astrônomo Johannes Helveius para preencher uma área em branco de um mapas estelar anterior. Hoje conhecida apenas como Vulpecula (A Pequena Raposa), o ganso deve ter sido uma curta refeição, tudo aquilo que resta do ganso é Alpha Vulpecula (nomeada Anser) presa entre os dentes como uma sobra da refeição.

É tarde demais para salvar este ganso.
Se é tarde demais para salvar o ganso, então porque não atirar na raposa? Isso se presume do arqueiro desconhecido realmente atirando na raposa.

Dada a linha do tempo, vemos que temos um o problema da galinha e do ovo. Obviamente, uma vez que foi atirada bem antes de a raposa entrar em cena, a flexa não pode ser alvo da Vulpecula. Quem atirou a seta ? E em quê ou quem ?  Dando uma olhada no campo leitoso de verão um arqueiro celestial grita, mas a menos que ele seja um péssimo arqueiro, ele provavelmente não era Sagitário, ele está voltado para o lado errado. Uma busca pelo céu, e nos deparamos com outro provável suspeito no oeste - Hércules. Mas se fosse Hércules, em quem ele estava atirando ?  Se não for a raposa, temos outros dois suspeitos, Aquilia (a águia) e Cygnus (o cisne), ambos levantando vôo, sem dúvida, espantados pelo ataque inesperado. Seja qual for o alvo, parece que a pobre Vulpecula vai passar fome por um tempo.

 

Vulpecula e Sagitta estam na borda da Via Láctea de verão, e como tal são ricas em aglomerados abertos e nebulosas planetárias. Sagitta contém M71, um grupo com uma história de crise de identidade, estudaremos sobre isso mais tarde. Enquanto Vulpecula é porto de M27 e do espectacular aglomerado Cr399, mais conhecido como O Cabide.


Além disso, esta área é o lar de um par de casos de crise de identidade galáctico, vários aparecem na lista deste mês. Outra, não esta na lista de alvos, é a estrela de Merrill. Este objeto é erroneamente classificada na maioria dos catálogos como uma nebulosa planetária. Na realidade, parece ser uma estrela Wolf-Rayet com uma nebulosa associada, sendo portanto, um objeto "jovem". Curiosamente, sua velocidade é considerável, e suspeita-se que é um objeto "fugitivo".

 
Carl Burton fez um excelente trabalho de capturar a imagem acima. E Bill Warden contribuiu com a seguinte.
 
  

 

Ela não é muito um alvo visual, pelo menos em telescópio amadores de tamanho médio. Mas se você for determinado, não deixe que isso seja um obstáculo. Você nunca vai saber o que vai ver até que tente olhar. A estrela de Merrill pode ser encontrada em: 19h 11m 30.9s RA, 16 graus 51 minutos, 38 segundo DEC. Note que as coordenadas são do ano 2000.

 

No resto da área, alvos interessantes não faltam. Há cerca de 69 nebulosas planetárias, incríveis 2030 galáxias, quasares 9 (o mais brilhante no mag 16,4), 8 nebulosas difusas, 102 nebulosas escuras, 21 aglomerados abertos e dois aglomerados globulares (ambos estão na edição deste mês).

Na verdade, alguns de vocês provavelmente irão preferir um binóculos e apenas fazer uma varredura na região.

Então vamos começar ?


 
Vamos começar com um bom e velho conhecido Messier - M71.


M71

Provávelmente foi descoberto por Philippe Loys de Cheseaux em 1746, foi catalogado por Messier no dia 4 de outubro de 1780. Se você está lendo isso em setembro, você tem a oportunidade de observá-lo no dia do aniversário no catálogo Messier!

Por um longo tempo, M71 sofria de alguma confusão fundamental em sua identidade. Não estava muito claro do que se tratava. Foi catalogado na forma de aglomerado, mas a dúvida era se ele era um aglomerado aberto denso ou um globular esparso. A confusão reinou pelo menos até os anos 50 e 60.

Finalmente parece que se chegou a um consenso geral (graças a um re-exame do diagrama HR), que M71 era na verdade, membro dos globulares da Via Láctea. É tão solto porque esta a meros 13000 anos-luz de distância. Na verdade, é um dos aglomerados globulares mais próximos.

Fico aliviado ao saber que seu status já não é mais uma dúvida.

 



Esta foto de John Graham de M71 é uma excelente aproximação do que vejo em um telescópio grande. Sempre pensei nisso como um acará-bandeira, você consegue vê-lo, ou eu tenho uma imaginação fértil?

 

Eu vi M71 com telescópios tão pequenos quanto 66 milímetros, e várias pessoas conseguiram ver o seu brilho sutil, com binóculos. Telescópios maiores tendem a dar uma visão mais impressionante, mas seja lá o que for que você use, este é um aglomerado bonito. Descobri que começa a resolver estrelas na periferia em um 80 milímetros.

Observando com um 6" em céus escuros na Califórnia, Eric Graff escreveu:

"... este objeto parece uma mancha nebulosa brilhante repleta de inúmeras estrelas fracas sobre  ela em um campo bem grande em 30x. Para o oeste é um agrupamento de estrelas brilhantes, incluindo em 6ª magnitude, 9 Sagittae; disposto em um padrão em forma de Y com a ponta apontando para o norte. A névoa indistinta de H20 também está incluída no amplo campo de visão desse aglomerado globular. Em 60x esse objeto é visto como um alongamento no sentido norte-nordeste a sul-sudoeste com muitas estrelas resolvidas em nas bordas, particularmente nas extremidades, bem como em toda a face do aglomerado. Em 120x M-71 exibe uma área triangular brilhante de estrelas perto do centro, apontando para o sul-sudoeste. O aglomerado é muito bem resolvido em toda a sua face, uma indicação de sua estrutura dispersa em comparação com muitos outros aglomerados deste tipo. Um arco distintivo de estrelas brilhantes a nordeste e uma estrela brilhante no lado sul do aglomerado completa a cena em alta ampliação."
 

M71 possui brilho de 6576 vezes o do sol.

 

Enquanto estiver na área, dê uma olhada 1/2 graus ao sul para o fraco aglomerado aberto Harvard 20.

 

Agora apontaremos os pequenos telecópios e binóculos, para o próximo que será Cr 399.

Cr 399


 

Esta foto por Keith Geary mostra este famoso agrupamento de estrelas. Cr 399 é conhecido por vários nomes diferentes: Aglomerado de Brocchi, Aglomerado de Al Sufi e o mais reconhecido, o Coat Hanger (o Cabide).

Brent Archinal e Steven Hynes escreveram uma excelente seção sobre Cr 399 em seu livro "Star Clusters", onde se nota que, historicamente, tenha se referido a ele como o aglomerado de Al Sufi, descoberto por um astrônomo persa no século 10. Sufi observou que era "... uma pequena nuvem situada a norte das duas estrelas do entalhe em Vulpecula", supondo que Vulpecula tenha sido inserida como referência posicional, uma vez que não era realmente uma constelação ainda definida. "Star Clusters" observa ainda que, Brian Skiff mostrOU que o grupo seja um asterismo em vez de um verdadeiro aglomerado galáctico. Nosso objeto desafio para a noite fica nas proximidades, então vamos voltar aqui no final da noite.

Não pode ver um cabide nas estrelas acima ? Pode ser difícil escolher o asterismo das estrelas de campo sem uma referência de tamanho. Se você não pode vê-la na foto acima tentE compará-lo com a abaixo.



Para ver o cabide, você vai precisar de um telecópio de grande campo ou um binóculos. Quanto menor a ampliação melhor o asterismo vai se destacar. Esta é definitivamente um alvo que se mostra melhor em um pequeno telescópio do que em um maior.

Phillip Creed escreveu sobre o Aglomerado de Al Sufi:

 

"Eu estava no SE de Ohio na noite de 21/8/2006 e trouxe meus binóculos 25X100. As condições do céu eram muito transparentes, com um céu muito e escuro ("verde" no Mapa Clear Sky Clock Light Pollution). 25x é o limite para ver todo o aglomerado no campo de visão. Eu não esperava ver todo o campo de visão preenchido por ele, mas foi!"

 

A competição está lançada sobre o quanto se pode resolver a olho nu. Obviamente, a partir de um local escuro, é visível (foi descoberto a olho nu), mas já ouvi vários relatos de amadores serem capazes de resolver algumas estrelas individuais. Nas melhores noites eu vejo mesmo um leve brilho na área, mas eu não tenho certeza se isso é Cr 399 ou simplesmente uma parte mais brilhante da Via Láctea. Dê uma olhada e chegue a uma conclusão por si mesmo.

 

Enquanto estiver na área, dê uma olhada na borda oriental do Cabide, cerca de 20 minutos de arco, e veja se você pode encontrar NGC 6802 (Este é o lugar onde um pouco mais de abertura pode vir a calhar.) Quem está interessado em determinar o quão profundo você consegue ver esta noite, pode querer pegar o catálogo "Observing Handbook and Catalogue of Deep-Sky Objects" de Luginbuhl  e Skiff, que tem um bom gráfico fotométrico de 6802.


A partir daqui, vamos para o Nordeste mais cinco graus para dar uma olhada em NGC 6823.

NGC 6823



Este é um bonito aglomerado, para um telecópio pequeno mostra uma concentração razoável de estrelas em direção ao centro. Talvez você tenha dificuldade em distingui-lo do fundo (não é incomum para muitos aglomerados abertos), procure um pequeno asterismo em forma de diamante no centro. A nebulosa na foto é NGC 6820. 6820 estende-se pela região em torno de 6823, mas a maior parte  provavelmente será invisível para o amador visual. Pode, no entanto, ser um bom alvo para um astrofotógrafo.

Agora vamos apontar 3 graus diretamente a leste para M27.


M27

A excelente fotografia de Marco Ciocca nos mostra um alvo que é espetacular em qualquer tamanho de telescópio, e facilmente visto na maioria dos binóculos. M27, mais conhecida como a Nebulosa Dumbbell (Haltere) foi descoberta por Messier em 1764. O fato de que ela está ao mesmo tempo perto (a 1.250 anos-luz) e grande (~ 1 ano-luz de diâmetro) contribui para torná-la uma das maiores e mais brilhantes planetárias no céu.

Agora, você pode se perguntar: "Exatamente onde esta esse objeto Messier, afinal?"


"Where is M13?"  de Bill Tschumy responde !


Acima, vemos a localização de M27 e M71 em relação ao sistema solar (o ponto de laranja). M71 é o ponto com o círculo azul em torno dele, e M27 é o ponto azul com a cruz.

Durante a observação, gaste um tempo e alterner a observação de um e outro (M71 e M27) no telescópio para perceber as dimensões e seus tamanhos absolutos.

Através de um telescópio de 4", a nebulosa mostra uma forma típica de haltere (Dumbbell), mas aumente a abertura e ela se transforma em uma bola de futebol ! Em telescópios menores não consegui distinguir qualquer uma das estrelas de primeiro plano, mas facilmente se tornam visíveis quando se usa um telescópio de 8" ou maior. Qual é a menor abertura que você pode distinguir ao menos uma estrela de primeiro plano? Quantas você pode distinguir em diferentes aberturas de telescópio?

Tente usar um filtro UHC ou OIII em M27 e veja o efeito que tem.

 

Parece ter havido alguma controvérsia em torno da estrela central do Dumbbell. Fontes mais modernas colocam a magnitude em torno de 14, mas catálogos mais antigos informam um pouco mais de brilho. Será que é variável ? Com o meu telescópio de 18", a estrela central é bastante óbvia, mas nunca verifiquei em qual a menor abertura que se pode vê-la. Dê uma olhada e me avise.

 



Embora possa haver alguma dúvida sobre a variabilidade da estrela central, nós sabemos que há pelo menos uma variável visível nesta imagem de Dumbbell. Em edição de outubro de 2006 de "Sky and Telescope", Sue French nota que o astrônomo amador Checo, Leos Ondra, descobriu a variável Goldilocks enquanto examinava diferentes imagens da M27 em 1991. Portanto, mantenha os olhos abertos, você nunca sabe o que pode encontrar. John Graham contribuiu com este excelente imagem da Dumbbell para o artigo, fui o único que fez uma edição da imagem apontando a estrela - John, perdoa-me pela marcação de uma imagem tão bonita.

Vamos deixar M27 com uma imagem final de Josh Dominico. Você consegue identificar a variável Goldilocks?





Agora aponte 4º e 3/4 a nordeste para mais um capítulo da "Crise de Identidade Galáctica".



NGC 6885 e/ou 6882 / Caldwell 37




Estes "dois" aglomerados se encontram perto de 20 Vulpeculae. Um é centrado na estrela, enquanto o outro conjunto está a parte. Talvez. Observadores relatam frequentemente dois clusters aparentes nessa área, mas qual é qual?  Para a resposta voltamos ao "Star Clusters".  William Herschel descobriu estes dois grupos em noites sucessivas, e as suas descrições para estes dois objectos são quase idênticas, assim como as posições - apenas separados 15'. A confusão Galáctica reinou suprema desde então.

O melhor palpite até o momento, a não ser que alguém possa viajar no tempo e estar com Herschel naquelas noites, é que 6885 é uma observação duplicada de 6882.

Em 1930, Trumpler percebeu que havia dois grupos aqui, mas não revelou o nome do segundo. Ele recorreu a Collinder para atribuir um nome a esse "novo" grupo - Collinder 416. No entanto aparentemente, Collinder cometeu erros aqui também, lançando os tamanhos e magnitudes dos dois grupos. Além disso, ele indicou que a estrela 20 Vul está nos dois grupos e atribuíu dois números de catálogo diferentes a ele.

O problemas continua no catálogo Lund.

Nos Caldwells, eu acho que Moore estava se referindo ao cluster centrado na 20 Vul quando escolher esta para inclusão em seu catálogo, mas provavelmente seria melhor perguntar a ele. Aliás, para aqueles que procuram mais informações sobre este mistério celestial, Steven James O'Meara tem um bom material em seu livro "The Caldwell Objects".

Por outro lado, talvez a melhor coisa para você fazer é sair e olhar por si mesmo.





Rony De Laet, observando com uma EXT 90 de Bekkevoort, Bélgica capturou a região com o esboço acima. Ele escreve:

 

"À primeira vista, o aglomerado é discreto e ofuscado pela estrela mais brilhante 20 Vul. Depois de um tempo as estrelas mais fracas do grupo se mostram a vista. Por último, alguns membros do aglomerado  parecem ter alguma nebulosidade. Isso pode ser o brilho de estrelas mais fracas além do limite do ETX."


E com isso, eu vou fechar a seção 688X. ... uhh, seja como for, vamos nos voltar para um bela e velha nebulosa planetária. Aponte 6 graus ao sul da confusão 688X, ou 1 3/4 graus a leste de eta Sge (a ponta da seta) para o primeiro: 6886.

NGC 6886



Foto tirada de NGC 6886 por Bill Warden mostra um bela nebulosa planetário aqui. Hah! Isso provavelmente não é um alvo que irá proporcionar a emoção de M27, para ninguém. O prazer do desafio é detectá-la. Dê uma olhada na imagem DSS do campo:
 


Achei ela estrelar com ampliação de 500x no meu telescópio. O "prêmio" é definir sua cor, mas isso não é percepitível até cerca de 200x. Há várias abordagens diferentes que você pode tomar para enquadra-la no campo, então, verifique ao redor com alta ampliação, ou tente a técnica de piscar com um filtro OIII e veja o que permanece como estrela brilhante.
 

De qualqur forma Bill, foi um bom trabalho.
 

Se você é ultraconservador, pode achar útil esta imagem negativa e invertida DSS para o estreitamento do campo.


Eu gostaria de poder dizer que o nosso próximo alvo será mais fácil, porém, isso não é verdade. Após os alvos brilhantes e espetaculares, é interessante ter uns poucos desafiadores, certo? Então, desça 3 e 1/2 graus a sudeste e começe a caça de IC 4997. (Pelo menos isso vai nos dar a chance de ver o quão preciso a colocação destas nebulosas planetárias são no SkyMap Pro, hein?)

IC 4997
 


 

Outra agulha no palheiro, esse é realmente um alvo para um telescópio maior. Use alta amplaição, 200x ou mais para o sua melhor visão. A cor verde azul deve ser uma dádiva quando comparando-a com as estrelas na área, mas se você tiver problemas tente a técnica de piscar com um filtro OIII.

Para aqueles que não sabe o que é a técnica "piscar" é o seguinte: coloque um filtro OIII entre o olho e a ocular e movendo-o para dentro do campo e para fora alternadamente, observe atentamente o campo, em busca de uma "estrela" que fica aproximadamente na mesma magnitude com e sem o filtro no lugar. Essa é a planetária.

 

Com 200x em grandes telescópios, será pequena e circular sem muitos detalhes para ser visto até mesmo em altas ampliações.

 

Ultraconservadores podem novamente, achar útil esta imagem negativa e invertida DSS para o estreitamento do campo.



A planetária prêmio do mês não é nada fácil.

Não coloquei ela na lista de alvos "oficiais", mas se você é um fanático por nebulosas planetárias como eu, não pode deixar a região sem ao menos dar uma olhadinha para Abell 74. (Repare que eu não disse onde.)


 
Identificado no mapa acima como PK 72-17,1, este é um alvo difícil e requer céu escuro e muita abertura. Eu não tenho sido capaz de achá-la no meu 18", mas CN'er Alvin Huey tem um registro dela com seu telescópio de 22". Se procurar ela na chapa DSS, olhe de perto, muito perto é quase impossível de detectar.
 

Se as planetárias Abell lhe interessam, eu recomendo o livro de Alvin - "The Abell Planetary Observer's Guide". É um recurso maravilhoso.

Frustrado ? Bem, pegue um folego, o próximo alvo é fácil.

 

NGC 6940
 



Em um pequeno telecópio, este aglomerado é como uma névoa concentrada semi brilhante. Um telescópio de 8" vai mostrar um grupo de cerca de 70-80 estrelas, enquanto telescópios maiores irão enriquecer ainda mais a vista. Procure uma estrela avermelhada perto do centro.
 

Vedran Vrhovac observando da Croácia com uma dobsoniano 8" f6 em 38x contribui com o seguinte:
 

"Aglomerado Aberto posicionado no rico campo de estrelas da Via Láctea. A minha dimensão estimada do aglomerado é 40'x15' e é composto de cerca de 70 estelas em mag 10 a 11. Na parte central do aglomerado hà uma estrela laranja de mag 9. O aglomerado também me lembra um peixe com cabeça voltada para o oeste e no leste a cauda."

Isso nos leva ao nosso último objeto para a noite.
 

Objeto Desafio - Palomar 10

O segundo aglomerado globular na região é bem mais difícil do que seu irmão.




Pal 10 situa-se 34.556 anos-luz de distância de nós e tem uma luminosidade de apenas 509 sóis. Pal 10 foi descoberto por meio de um levantamento das chapas DSS em 1955 por AG Wilson. Mais uma vez Bill Tschumy com o seu "Where is M13" pode nos dar uma idéia melhor de onde, em referência a nós, o nosso vizinho se encontra.



Pal 10 não é o objeto mais fácil de se encontrar, abertura e céu escuro são altamente recomendados. A área geral não é tão difícil de detectar, porém, é perto de um dos destaques deste mês: aglomerado de Al Sufi.




Novamente, você provavelmente precisa usar a imagem negativa DSS.

 


 

Como acontece com qualquer alvo difícil, eu recomendo que só use este artigo como um ponto de partida. Eu incentivo imprimir cartas que corresponda ao seu telescópio e equipamento. Faça uso do DSS MAST, MegaStar, SkyMap Pro, Sky Tools 2 or RealSky até você encontrar algo que você se sinta confortável com ele.

Procurando os alvos excepcionais e difíceis aguça suas habilidades como observador e permite uma melhor apreciação dessas verdadeiras jóias do céu noturno. Além disso, é legal ver algo que não foi visto por outras  pessoas.

Pata terminar, gostaria de agradecer a todos os leitores que apresentaram observações e fotos este mês. As incluídas no artigo são apenas a ponta do iceberg. Infelizmente, respeitando limitações de largura de banda me obriga a restringir as fotos de apenas uma pequena amostra do que os leitores submeteram.

Como sempre, ficarei feliz se esta coluna for útil a vocês.

 

Até a próxima ! 

Tom T.

Links Adicionais / Recursos / Referências

The Abell Planetary Observers Guide
Review:  
https://www.cloudynights.com/item.php?item_id=1409
Available From: https://www.faintfuzzies.com/
By Alvin Huey

Star Clusters
Available From: 
https://www.amazon.com/Star-Clusters-Brent-A-Archinal/dp/0943396808
By Brent A.Archinal and Steven J. Hynes

Some comments on NGC 6882/6885 
https://www.freelists.org/archives/az-observing/11-2003/msg00165.html
by Brent A.Archinal

Abundances in globular cluster red giants. III - M71, M67, and NGC 2420
https://adsabs.harvard.edu/abs/1980ApJ...241..981C
By Cohen, J. G.


 

Se você gostou deste artigo, leia o restante da série.

 
Imagens fotográficas cortesia de DSS: copyright notice 
https://archive.stsci.edu/dss/acknowledging.html

Cartas estelares cortesia de Chris Marriott, SkyMap Pro 10 Printed with Permission
https://www.skymap.com