Orion

Claro, o Cinturão de Órion é apenas uma pequena parte do Caçador que encontrou seu caminho para o céu. A figura de Orion segurando um escudo, enquanto levanta uma clava é muito fácil de perceber, então não é nenhuma surpresa que a história dessa constelação remonta a longínquos tempos. O grande caçador celeste está condenado a batalhar constantemente com Touro, enquanto a seus pés, agachada, a lebre Lepus, e seus cães procurando problemas como esperado que os cães façam. Eu suspeito que os cães se você olhar bem de perto, provavelmente estão de olho em Peixes - e muitos chegam em casa com cheiro de peixe morto, e eu não esperaria destes cães celestes coisa diferente. (Como um aparte, eu sempre tive a idéia de renomear Lepus, para o Almoço de Orion - mas estou viajando.) Em outra versão do mitos de Orion, Orion foi colocado no céu em um ato de piedade de Zeus, depois de ter sido picado até a morte por Scorpius - o Escorpião. Na tradição de armas, heróis existem em todos os lugares, Orion agora foge noite após noite de escorpião (ou persegue a criatura se você preferir o herói valente - isso é mais tradicional.)

Hoje, sei um pouco mais sobre Orion do que na primeira vez que a vi, mas ela e seu cinto não são menos impressionantes. Especialmente quando você considera que as três estrelas que formam o cinturão - Alnitak, Alnilam e Mintaka (rotulado como delta na nossa carta de  grande campo acima) são todos membros do mesmo cluster (Cr 70), que está a 1.500 ou mais anos-luz de distância, e cada uma das três são algo em torno de 20.000 a 40.000 vezes mais brilhante que o nosso sol. Estas três estrelas brancas azuis e o aglomerado associado são uma referência para o amador em seu aprendizado sobre céu noturno.

Duas outras estrelas de nota (e vale a pena uma olhada) são Orionis alfa e beta Orionis. Alpha, mais comumente conhecida como Betelgeuse e é uma das verdadeiras gigantes da noite. Esta supergigante laranja brilhante, está a 425 anos-luz de distância e tem um diâmetro de cerca de 270 milhões milhas. Se colocado no centro do nosso sistema solar, ocuparia todo o interior do sistema solar. Dependendo fonte, Betelgeuse é uma interpretação do árabe para axila do gigante ou a mão do gigante.

Rigel, por outro lado, é uma supergigante azul. Embora seja designada Beta, Rigel é a estrela mais brilhante em Orion, e a sétima estrela mais brilhante no céu noturno. Rigel é acompanhada por uma estrela companheira de magnitude 7, mas pode ser um pouco difícil de ser detectada visualmente por causa de sua proximidade com a Rigel super brilhante (sendo 400x menor). É um bom teste para um pequeno telescópio, e uma bela vista. O melhor que eu consegui com este estranho casal celestial foi dividi-lo com um APO 80 mm em torno de 90x em condições decentes. Eu acho que poderia com ampliação menor se eu tivesse a ocular adequada, e ouvi falar do dono de um Pronto que dividindo-o em ~ 68x. Não fique triste se dividi-lo com ampliações maior - alguns observadores do projeto 33 Doubles Observing Project  relataram que são necessários mais de 150x.

Como Orion é uma constelação conhecida, fica difícil escolher um lugar para começar a turnê deste mês. Ela é a casa de aglomerados abertos, nebulosa de reflexão, restos de supernovas (o famoso Barnards Loop), nebulosa escura, nebulosa planetária, galáxias (cerca de 3000 em uma busca rápida), mais de uma dezena de aglomerados de galáxias (Hickson 34 é provavelmente o mais conhecido ) são apenas um exemplo do zoológico celestial que você poderia imaginar. No entanto, sem dúvida, o melhor alvo conhecido nesta Nimrod celeste tem que ser sua nebulosa homônimo.


 

M 42 / 43
Marcando o meio da espada de Orion, temos a região de 42 M visível a olho nu, em binóculos fica óbvia, e espetacular em quase qualquer tamanho de telescópio. Esta é uma das poucas nebulosas que você pode realmente ver a cor - supondo que você tem um telescópio grande o suficiente. Eu consegui vislumbres de rosa e salmão em um 18" - a única vez que eu vi as cores no céu à noite.

Independentemente - se você está olhando para ela em um telescópio de 3" ou de 30", ainda é uma visão inspiradora. Em ampliação moderada no meu refrator de 4", ela enche o campo de visão - tufos de nebulosas por todo o campo de visão .

Enquanto você está observando M 42, olhe um pouco para norte (acima, na maioria dos casos) para ver M 43, a porção menor da nebulosa, separada do corpo principal por uma pequena mancha  preta (pelo menos em telecópios menores). Em seguida, passaremos ainda um pouco mais ao norte novamente, para vislumbrar a coroa de Orion.

NGC 1981

Porque Orion insiste em usar sua coroa sobre a sua espada está além de meus conhecimentos, mas eu a posso ver claramente neste aglomerado aberto. Uma observação com apliação moderada, revela este belo asterismo em NGC 1981. Eu nunca ouvi alguém referindo-se a este como a Coroa de Orion, mas é um asterismo tão óbvio em um dos tesouros mais vistos do céu noturno, que com toda a honestidade eu não posso acreditar que sou o primeiro a nomeá-lo assim.

Como não há escassez de alvos na área da constelação, agora é hora de mudar para o norte um pouco e se concentrar em uma nova área - Cinturão de Órion.
 

Existem vários alvos de interesse nesta área, mas, como observadores visuais, os nossos principais para a noite são M 78, NGC 2071, e Cr 70. NGC 2024 e IC 434 são espetaculares e bem conhecido, mas provavelmente fora do alcance de muitos proprietários de pequenos telescópios.

Eu sempre vi esta região como a adaga de Orion, nela encontramos NGC 2024 (a Nebulosa da Chama) e IC 434. IC 434 serve como pano de fundo para B33 - possivelmente a mais famosa nebulosa escura - a cabeça de cavalo. Embora não seja muito um alvo visual para o típico proprietário de pequenos telescópios, é bem conhecida por quase todos os que já mostraram o menor interesse em astronomia. Imagens são muitas. O H alfa da foto ao lado da região foi feita por Jeff Thrush através de um telescópio Pronto 70 mm. Para ser sincero, eu já vi fotos melhores, mas eu nunca vi uma tão boa com um telecópio tão pequeno.

Mesmo não estando em nossa lista de alvos para a noite, você pode dar uma olhada nas áreas assinaladas no mapa para 2024 e IC 434. Eu sempre quis saber qual a menor abertura que permitirá um vislumbre da Nebulosa da Chama e / ou cabeça de cavalo. Eu soube de diferentes tamanhos, e estou curioso para ouvir o que vocês, leitores têm a dizer. Collin Smith me informa que ele viu a Nebulosa da Chama em seu telescópio dobsoniano de 6". Eu nunca tentei em nada menos do que 10". Minhas notas indicam que a Nebulosa da Chama  era visível no meu 10", mas a cabeça de cavalo não era - pelo menos da minha posição, eu acho que você precisa de 16 polegadar ou mais e um bom céu para ver B33.  Mesmo que ele não seja uma pequena maravilha, considere este tarefa "extra-curricular". IC 434 (o pano de fundo para a cabeça de cavalo) é uma das duas regiões onde um filtro Hb pode ser útil para os observadores visuais (o outro é a nebulosa Califórnia).

Collinder 70
Para este próximo alvo, precisamos voltar. Este é provavelmente um dos poucos alvos que vou cobrir neste artigo que realmente fica melhor em binóculos ou a olho nu do que com um telescópio.

Quando você está apontando para o cinturão de Órion para mostrar para seus filhos, você está apontando na verdade para o aglomerado aberto Collinder 70 (CR 70). Tenho observado nesta área muitas e muitas vezes com pequeno telescópio e sempre fico feliz com o que vejo, mas nunca o percebi como um aglomerado até que apontei com um binóculos 8x40. Enquanto a riqueza do campo de estrelas torna a visão interessante em um telescópio pequeno, o vastíssimo campo de 6-7 graus de visão proporcionado por um binóculos, mostra-o como um aglomerado de estrelas no sentido literal da palavra, ao invés de uma região rica de estrelas no céu noturno.

As três estrelas brilhantes na imagem DSS ao lado são, naturalmente, Alnitak, Alnilam e Mintaka (delta), observe a Nebulosa da Chama e uma insinuação da cabeça de cavalo na parte inferior esquerda.

Com uma ocular de campo amplo, aponte para cima e a leste do cinturão de Órion para o nosso último objeto Messier em Orion e seu companheiro.


M 78 e NGC 2071

Enquanto M 78 e NGC 2071 tenham um  visual espetacular na foto ao lado, eu nunca os achei visualmente interessantes. Eles podem ser difíceis de localizar com um telescópio de 3 polegadas com uma meia lua, no entanto se destacam em telescópios maiores sob céus mais escuros. Descobri que a poluição luminosa é a verdadeira vilã para estes dois - no entanto, raramente olhei para M 78 sem ser capaz de ver NGC 2071.

Ambos se parecem com pequenos tufos de luz, mas 2071 é menor e marcada por uma estrela fora do centro, mas muito brilhante.

A proximidade dos dois contribui para uma visão agradável na ocular.  

Em contraste com o meu ponto de vista, Steven James O'Meara encontra uma boa quantidade de detalhes nestes objetos negligenciados. Passe algum tempo e faça a sua própria investigação detalhada. Tente usar diferentes ampliações e combinações de filtro. Quais são as características que você ve em M 78 ?

Descobri que preciso usar de moderada a baixa ampliação em pequenos telescópios, maiores ampliações simplesmente fazem a nebulosa desaparecer. Um desafio interessante seria ver se você pode pegá-las em um binóculos - tipo 8x40. Se você conseguir, eu estou interessado em ouvir seu relato.

No momento, nossas investigações estavam no cinturão , agora vamos para o corpo de Orion mais uma vez.

Collinder 69
Este é um grupo maravilhoso, mas lamentavelmente esquecido por pequenos telescópios. Eu acho muitos dos aglomerados Cr adequados para pequenos telescópios. Eles tendem a ser grandes e irregulares sem muita condensação central, e como Cr 70, Cr 69 segue esse padrão também.

É um objeto visível a olho nu a partir de um local moderadamente decente, e muito fácil de encontrar - basta apontar o seu telescópio para a área difusa que compõe a cabeça de Orion (cabeça um pouco pequena, mas não vamos usar isso contra ele).

Não é particularmente rico - não é. Nem é particularmente colorido - o que não é também.

É no entanto, surpreendente. Há seis estrelas brilhantes que se destacam bem no campo de visão em um pequeno telescópio. Três mais brilhantes em uma linha e, em um seguido conjunto menor de três estrelas com orientação e espaçamentos semelhantes - pouco menor, combinando com a diminuição de magnitude das estrelas. Se você virar a cabeça apenas para a direita, pode lembrar-se da visão binocular de Cr 70 mais ao sul.

NGC 1662

Nosso último aglomerado NGC na lista deste mês, 1662 é fácil de encontrar na ponta do escudo de Orion (ou arco - se preferir).

Com uma ocular de grande campo, basta imaginar o escudo até ver 1662 ao lado da ponta. Este aglomerado facilmente se destaca a partir um telescópio de 80 milímetros com ampliação de 14x. Telescópios maiores pode ter problema para o destacar do fundo, neste caso, você pode encontrar sua localização com o auxilio de buscadora ou com um binóculos primeiro.

Descobri que são melhores ampliações baixas para ver este aglomerado. Minhas melhores vistas com um 80 mm foram em 14x e 28x.

Embora não seja um aglomerado particularmente rico, é um belo agrupamento solto com uma dúzia de estrelas em um pequeno espaço, vale a pena dar uma olhada.

Objeto Desafio - NGC 2022
Você sabia que há uma nebulosa planetária bastante brilhante em Orion ? Ela é o nosso objeto desafio deste mês. Fica a SW de Cr 69 (cabeça de Orion) e está localizado perto do ombro direito de Órion.

Como mencionei, é relativamente brilhante e, portanto, deve ser um alvo fácil em um telescópio de 6 ou 8 polegadas sob céu escuro, mas é muito pequena. Uma vez que esteja na área correta use a carta de ocular para confirmar a sua localização e, em seguida, use ampliação para detectar a planetária. Experimente com um filtro OIII, se você tiver um. Nebulosas planetárias geralmente respondem bem a esse tipo de filtro.